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Com medo da inteligência artificial, Geração Z procura emprego ‘braçal’, diz pesquisa

Estudo com jovens norte-americanos mostrou que dívidas com formação universitária também estão motivando a busca por outros tipos de educação profissional

Uma nova pesquisa indica que os profissionais da Geração Z têm outra visão sobre onde encontrar os melhores empregos. Mesmo aqueles que se formam na universidade têm demonstrado maior interesse em trabalhar com serviços manuais por acreditarem que oferecem maior estabilidade e incentivos financeiros.

Segundo um levantamento realizado pelo Resume Builder com jovens dos Estados Unidos, divulgado pelo site Inc., 42% dos entrevistados trabalham ou estão procurando um emprego no que eles chamam de ‘blue collar jobs’ – em tradução livre, colarinho azul, expressão usada para definir trabalhadores que desempenham funções mais braçais, como operários, mecânicos, encanadores e empregados da construção civil.

37% deles têm um diploma universitário. Parte dessa procura pode ser explicada pela preocupação em torno do fim de algumas profissões com o crescente uso da inteligência artificial. A pesquisa ouviu 1.434 jovens entre 18 e 28 anos, residentes dos Estados Unidos.

“Mais formandos da Geração Z estão seguindo carreira com trabalhos mais manuais. Muitos estão preocupados com a IA substituindo papéis mais tradicionais, enquanto esse trabalho demanda um esforço que é difícil automatizar. Muitos percebem que seus diplomas não garantem um emprego na área, o que os leva a procurar alternativas mais práticas”, explica Stacie Haller, conselheira de carreira na Resume Builder.

Com o cenário de endividamento de jovens nos Estados Unidos por conta de empréstimos estudantis, a Geração Z tem procurado opções para gastar menos com a educação, como cursos técnicos e estágios remunerados, porque licenças e certificações para atuar no setor de serviços costumam ser mais baratos do que um diploma universitário, além de levar menos tempo para conquistar. 40% dos participantes da pesquisa declararam que querem evitar a dívida estudantil e 60% afirmaram que querem ganhar dinheiro mais rapidamente.

Outras descobertas incluem: 32% dos entrevistados afirmaram que preferem o trabalho manual ao trabalho normalmente desempenhado em escritórios e 45% estão interessados na flexibilidade e autonomia que o setor de serviços oferece – principalmente quando empreendem.

 

Fonte: Revista PEGN