Fundado por Bia Mattiuzzo, o negócio gera renda para comunidade em Ilha Grande, no município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro
O fundo do oceano pode ser o início de uma empresa de impacto. Em Ilha Grande, no município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, a empreendedora Bia Mattiuzzo mergulhou nessa ideia para criar o negócio Marulho, que oferece bolsas, pochetes e outros produtos feitos de redes descartadas. O faturamento é de R$ 35 mil por mês.
A oceanógrafa costumava ver muitas redes de pesca e, morando em uma cidade caiçara, percebeu a dificuldade na gestão desses resíduos. Sua primeira ideia foi recolher o maior número possível de redes. Fez parceria com um pescador aposentado para transformá-las em sacolas, que eram vendidas para turistas.
“No começo, eu subsidiava muito. Pagava R$ 5 e vendia por R$ 6”, conta a empreendedora. O valor arrecadado era reinvestido no negócio.
Atualmente, o projeto envolve o trabalho de 20 pessoas, incluindo costureiros, gerando renda para a comunidade. O estoque é armazenado em uma fábrica de sardinha desativada, e as vendas ocorrem por meio das redes sociais e do e-commerce.
“Como oceanógrafa, apanhei bastante para aprender a gerenciar tudo, desde o fluxo de caixa até as pessoas”, diz Mattiuzzo, acrescentando que o negócio vem crescendo e trazendo outras pessoas da comunidade para a gestão.