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Após quatro anos focada em ensino à distância, Wise Up retoma expansão de unidades físicas

Durante a pandemia, muitos negócios precisaram se reinventar e se readaptar, entre eles as redes de ensino. Foi o caso da Wise Up que, em quatro anos, viu seu número de franquias cair de 240 para 60. Agora, a companhia decidiu mudar a direção e retomar a expansão de unidades físicas, primeiro resgatando parceiros antigos, isentando todos da taxa de franquia, e depois buscando novos franqueados.

Em 2024, a empresa fechou 34 novos contratos de franquias, das quais 14 já foram inauguradas e 20 estão em implantação. A projeção é chegar a 120 escolas até março de 2025 e dobrar o número até o final do ano que vem, focando em São Paulo e em cidades grandes como o Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília.

“Temos convicção de que iremos construir uma rede de franquias ainda melhor e consolidar novamente a Wise Up como um dos maiores players de ensino de idiomas do país”, destaca Flavio Augusto da Silva, CEO da holding Wiser Educação.

Por quatro anos, a rede decidiu focar na Wise Up Online, plataforma de ensino à distância, enquanto as escolas no que ele chamou de “processo de hibernação”. A marca cresceu de 65 mil para 400 mil alunos em 2022 nos cursos EAD, em contraposição à queda de estudantes nas unidades físicas.

Para manter os franqueados, a marca chegou a isentar totalmente os royalties cobrados, oferecer 50% da receita do produto online para o franqueado e interromper a cobrança de todas as dívidas. Porém, de acordo cm Edio Alberti, diretor comercial da Wiser Educação, nem todos os franqueados conseguiram se adaptar a esse novo modelo de ensino.

“Muitos entenderam que era um momento para encerrar o seu ciclo e acabaram fechando, outros foram abrir outros negócios e mudaram de área”, explica Alberti.

Ele diz que, em 2020, os franqueados tinham esperança de que a crise seria passageira. No ano seguinte, o próprio presidente da Wiser Educação sugeriu a entrega dos imóveis. A própria franqueadora fechou as cinco unidades próprias que tinha.

“2022 foi o nosso ano mais difícil. Cerca de 100 unidades fecharam e os franqueados que se mantiveram com a gente já estavam bastantes enfraquecidos financeiramente, já tinham uma carteira menor de alunos. Eles acharam que o cliente voltaria, mas não aconteceu. Os alunos ainda estavam receosos”, conta Alberti.

A mudança de comportamento do consumidor, que passou a desejar novamente o ensino presencial, só veio no ano passado. Foi quando a companhia trabalhou para fortalecer os 60 franqueados que ficaram, oferecendo consultoria especializada.

Unidade da Wise Up — Foto: Divulgação
Unidade da Wise Up — Foto: Divulgação

Para atrair novos franqueados, a rede tem reduzido a exigência de espaço para as novas unidades — de 500 metros quadrados para 200 metros quadrados. O investimento inicial segue o mesmo: entre R$ 400 mil e R$ 500 mil, incluso taxa de franquia, estoque mínimo, infraestrutura e o capital de giro. O prazo de retorno previsto é de 12 meses.

“O franqueado da Wise Up precisa ser um operador e não um investidor. Queremos alguém que opere e que esteja com o umbigo no balcão, que goste de aluno”, destaca Alberti.

Fundada em 1995 no Rio de Janeiro por Flávio Augusto da Silva, a Wise Up entrou no franchising em 1997 por conta do pedido de uma ex-aluna que gostou do modelo de ensino e decidiu que queria fazer parte da rede. Hoje, a companhia é marca mais antiga da Wiser Educação, holding de edtechs que reúne nomes como Vende-C, Performan-C, Aprova Total, MedCof e a mais recente Conquer. A holding fechou 2023 com um faturamento de R$ 533 milhões e um Ebitda de R$ 190 milhões.

Fonte: Revista PEGN