* Por Gustavo Belizário
Assim como tem acontecido com outras áreas, o setor da construção está cada dia mais tecnológico e já é possível encontrar drones em obras, softwares inteligentes administrando processos e até mesmo robôs que contribuem para procedimentos mais rápidos. Neste cenário, as construtechs, ou seja, startups voltadas para a área da construção, têm ganhado destaque e chamado a atenção de empreendedores como um caminho de sucesso.
Segundo levantamento realizado por meio da Startup Scanner, ferramenta da Liga Ventures, rede de inovação aberta que conecta empresas e startups a fim de potencializar interações e gerar novos negócios, que conta com o apoio estratégico da PwC Brasil, existem hoje mais de 250 construtechs no Brasil, estando divididas em 24 categorias, como Realidade Virtual e Interatividade, Gestão de Estoque, Aluguel e Aquisição de Maquinários/Equipamentos, Contratação de Mão de Obra, Segurança no Trabalho, Reforma e Conteúdo e Educação.
As oportunidades de empreender na área das construtechs são grandes, já que além de tecnologia e construção estarem cada vez mais unidas, há diversos processos que podem ser melhorados e transformados desde o projeto até a entrega para o cliente final. Inovações são e sempre serão bem-vindas, pois existem diversas pontas da cadeia que precisam ser mais exploradas, principalmente, aqueles grupos que, apesar de menores, são essenciais para todo esse ecossistema.
É importante ressaltar que de acordo com dados divulgados em março deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da construção civil cresceu 9,7% em 2021, em relação ao ano anterior, o maior crescimento anual do setor desde 2010. Os dados são animadores e mostram como de fato o setor está aquecido e tem se tornado um caminho assertivo para quem deseja empreender. As possibilidades de parcerias com negócios que já atuam no segmento e que precisam de novas tecnologias, também é um ponto a ser destacado para quem quer mergulhar nesse universo.
Porém, assim como qualquer novo negócio, é necessário muita pesquisa e dedicação para que se obtenha sucesso. Desenvolver uma solução que ainda não existe no mercado ou que traga vantagens únicas exige um estudo aprofundado do público-alvo e do próprio setor. Validar as ideias antes de colocá-las realmente em prática também é fundamental, seja quando o assunto é a criação de um novo negócio ou de uma nova solução por uma empresa que já existe.
Outro ponto, é que a todo momento surgem novas tecnologias e, por isso, é preciso que empreendedores estejam atentos para que não fiquem para trás. Atuar com modernas ferramentas é sempre um desafio, independentemente da área, e é por isso que ter em mente que inovar é sempre necessário, é algo fundamental. Atenção a pontos como LGDP e ser sustentável também precisam ser premissas básicas dos gestores.
Além da atenção a todos os pontos que fazem parte de criação de uma nova ideia ou negócio, nunca é demais reforçar a essencialidade da resiliência, já que todos estão suscetíveis a erros, obstáculos e acontecimentos inesperados. Ter claro o que se deseja alcançar e a vontade de vencer devem caminhar junto com os empreendedores.
Concluo esse artigo afirmando que o mercado de construtechs é, atualmente, uma ótima oportunidade para profissionais que desejam empreender. Todos os desafios são possíveis de serem vencidos, desde que sejam fundamentados na tríade: estudo detalhado de mercado, atenção às tendências e tecnologias e treinamento e especializações constantes. Pensem nisso!
*Gustavo Belizário é CEO da Nanoprice, primeira marmoraria online do Brasil, fundada com a intenção de conectar arquitetos, construtores, decoradores e consumidores finais a marmorarias.
Fonte: Startupi